Como área do conhecimento, a Astrologia vai muito além de
uma ferramenta que calcula os astros em um Mapa Astral. Existe um saber sobre a
dinâmica da vida, que está implícito na leitura astrológica. A própria
estrutura circular do Mapa Astral já se apoia no fato de que os planetas no céu
se movimentam em círculos. A influência deles em nossa vida no planeta Terra,
permite dessa forma que tudo que vive por aqui se desenvolva de forma cíclica.
A partir daí, podemos descobrir uma série de mecanismos
característicos do funcionamento da vida como um todo. E que afeta a nossa
existência individual, assim como todos os demais setores da vida na Terra.
Somos parte da existência que sempre se movimenta em busca de evolução. E para
isso precisamos passar pelas fases de expansão e retração, como forma de encher
e esvaziar o espaço interno. Nesse fluxo, aderimos a novos conhecimentos e
dispensamos formas ultrapassadas de vivenciar a nossa vida.
Essa é a grande função do saber astrológico, nos capacitar a
entender em que momento exato iremos vivenciar um tipo específico de
aprendizado. E qual a forma que ele pode tomar para que esse aprendizado
aconteça. As possibilidades são infinitas. Em um determinado momento, podemos
experimentar grandes conquistas em um setor e em outro uma forte baixa. Ou tudo
junto e misturado, onde parece que tudo acontece na mesma hora.
Crise é um termo que possui dois significados
embutidos, aparentemente dissonantes, mas na verdade profundamente
interligados. Segundo o saber oriental, o momento de crise nos permite ficar
diante do risco e da oportunidade (os chineses usam
esses dois ideogramas para se referir ao termo crise). Na verdade,
é essa a grande chave para conseguirmos decifrar a razão de vivermos, de vez em
quando, um momento de muita dor.
Se formos pensar melhor, as fases de grande expansão também
são momentos de crise, pois estamos diante de algo novo, que geralmente é
bastante desafiador. Nem sempre notamos, mas crescer também dói. Quando
decidimos encarar uma oportunidade, estamos nos arriscando a reestruturar a
nossa vida, para acomodar a nova situação ao que existia antes. E não é só
somar a parte nova, mas reformular também a antiga. Ao finalizar o processo de
adaptação, descobrimos que somos uma pessoa renovada, mais enriquecida com as
experiências vividas e (quem sabe) mais livre.
Já nos momentos de maior sofrimento, em que nos deparamos
com circunstâncias que nos exigem uma retração (voluntária ou não), esquecemos
que aí também há uma oportunidade. A maior dificuldade nestes momentos, é
conseguir desapegar daquilo que não nos traz mais crescimento, não nos faz mais
bem. É um desafio para a alma deixar ir, pois é natural querermos sempre
agregar. Só que existe um saber inerente à vida que nos diz que, de tempos em
tempos, devemos esvaziar, podar os galhos secos da nossa árvore. Para que ela
enfim possa crescer mais leve e (quem sabe) mais livre.
Também vivemos as fases de calmaria... Nem todo mundo gosta,
mas há períodos em que não há muita turbulência. Ou que os acontecimentos são
menos dramáticos e envolvem menos riscos. Como também não nos são apresentadas
grandes oportunidades. Para isso, o saber astrológico também explica. São as
fases em que é importante experimentarmos uma estabilidade mais longa, para que
as sementes plantadas em tempos de crise, possam enfim crescer e dar suas
flores e frutos.
E o que acontece quando as flores e frutos são colhidas? Só
nos resta aceitar que mais um ciclo chega ao fim. E podemos deixar caírem as
folhas e apodrecerem os frutos no chão. Pois assim a terra se recolhe para
revitalizar seu solo, enriquecer sua base e se preparar para um novo plantio. É
um novo período de retração, uma crise que permite reavaliarmos o que foi
vivido e respeitar nosso tempo de reclusão. Em seguida, surge mais uma fase de
expansão. Em que devemos deixar nascer, crescer, frutificar e... Declinar tudo
de novo, em mais um ciclo de nossa vida.
excelente!!!!
ResponderExcluirObrigada, Cidalia! Abraços
Excluir