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terça-feira, 13 de setembro de 2016

A ASTROLOGIA E O TIMING DE CADA COISA

O que de tão especial a Astrologia tem a oferecer?

Embora esse nome “Astrologia” seja a terminologia mais usual, já estou quase aderindo à nova onda, que utiliza “Cosmo Análise” como um novo termo (muito mais apropriado) para se referir a esse conhecimento milenar, que busca decifrar a essência de cada momento.

A essência de cada momento (ou o timing) é algo que faz referência à natureza do tempo. Aqui não me refiro ao tempo como meteorologia (se está frio ou quente), mas à análise do momento de agora, em todas as suas nuances. Nesta análise podemos notificar o que há de potenciais e riscos para cada agora. Podemos jogar intelectualmente com nossa habilidade de discriminar versus sintetizar as informações ao nosso dispor e assim chegar àquilo que possui mais valor naquele instante, chegar à essência do momento.

Existe uma quantidade infinita de formas de se entender e analisar cada momento. A própria vida e os saberes que ela nos proporciona parecem ser justamente oportunidades (sempre auto renováveis) de recursos para desenvolvermos conhecimentos que decifram cada agora. Uma forma alternativa de explicar isso, é quando observamos que tudo o que há na existência possui um significado simbólico, é a representação de um símbolo (um código, uma imagem). Ou seja, tudo e cada coisa carrega uma simbologia (ou várias). E o conhecimento é a capacidade que desenvolvemos de decifrar cada símbolo e conectá-lo aos diversos formatos em que ele se expressa. O conhecimento de um saber é adquirido quando nos tornamos capazes de esmiuçar e discriminar os pormenores do símbolo e, ao mesmo tempo, integrá-lo na realidade, compreendendo como ele pode se personificar em cada momento, em cada circunstância.

Quando tentamos entender o significado de cada momento e olhamos ao nosso redor em busca de sinais (que possam nos situar na realidade em que estamos envolvidos), podemos facilmente nos perder. Tanto nos milhares de detalhes que temos diante de nós, como nas generalizações (que são, em princípio, deduções e que tem como referência circunstâncias parecidas já vividas anteriormente). Podemos nos afogar num mar de pormenores insignificantes ou podemos ter um olhar reducionista, que passa por cima de detalhes importantes. Podemos, inclusive, nos fechar para novas formas de enxergar esses sinais, evitando abrir nossa mente a outros significados, outras possibilidades.


Temos hoje em dia uma gama enorme de saberes científicos, que se especializaram cada um em decifrar toda a simbologia de um objeto de estudo, tendo como referência uma lógica para cada especialidade. Se pegarmos um copo d’água como objeto de estudo, o médico diz que é essencial para a saúde e temos que tomar 2 litros por dia, o químico diz que é H2O e um solvente universal, o agrônomo diz que não dá para nenhuma semente germinar e crescer sem água, o cozinheiro diz que comida só é feita se tiver água para cozinhar (e assim por diante). Nesse exemplo superbanal é possível entender que me refiro aos diversos pontos de vista, que as inúmeras especialidades de conhecimento oferecem para dar significado a um mesmo símbolo (no caso, um copo d’água).

O que a Astrologia faz de diferente disso?

Nada, ela só complementa. Porque o saber astrológico se molda a todas as especialidades de conhecimento que existem na vida. Como a Astrologia traduz a natureza de cada momento, de cada agora, ela permite a leitura dos símbolos em sua totalidade, ao invés de se focar em um único ponto de vista ou fazer a análise através de uma única lógica. Simples assim.

É por isso que vemos o trabalho de leitura de Mapa Astral aplicado aos diversos ramos do saber. Na Astrologia Antiga (tradicional), a leitura de Mapa era utilizada mais comumente para prever acontecimentos mundanos e naturais, como por exemplo se haveria tornados e tempestades em um determinado país ou se naquele ano haveria uma boa colheita de cereais e os animais iriam engordar (coisas que naquela época davam ganhos ou perdas e garantiam ou diminuíam a sobrevivência da população). A Astrologia Psicológica, que vemos mais difundida hoje em dia, é a mais recente das aplicações do saber astrológico. Basicamente, porque a humanidade (com exceção das filosofias do extremo oriente) começou a reconhecer o valor do autoconhecimento muito recentemente e a Psicologia também nasceu por volta da mesma época (em termos de objeto de estudo, desenvolvimento de teorias e técnicas de acompanhamento individual e coletivo, etc.), lá pelos idos de 1900.

Nesse contexto em que o mundo está configurado hoje em dia, vejo que a Astrologia ainda está procurando o seu lugar, está meio de fora, tentando se ajustar à nova realidade do pensamento humano. Parece que isso acontece justamente por ela não compartilhar com os outros conhecimentos dessa perspectiva unilateral de se ver os símbolos, por não funcionar dentro da lógica das especialidades científicas. A Astrologia funciona exatamente do modo inverso, ela multiplica as possibilidades, desmembra uma simbologia (uma imagem) em tantas nuances, tantas lógicas, que fica difícil encaixá-la no método científico de probabilidade e estatística. Aí eu pergunto aos meus botões (a pergunta que não quer calar): será que a Astrologia que deveria se ajustar ao mundo ou é o mundo que deveria se reformular para abranger a lógica da Astrologia?

Voltando agora ao ponto inicial do texto, em que falo do conhecimento astrológico (Cosmo Análise) como uma forma de se conhecer a natureza do tempo, a essência de cada agora, podemos encontrar um sentido funcional para a Astrologia como um saber (um conhecimento) dentro da realidade do mundo. Aqui podemos entender que o Mapa Astral é muito mais do que uma mera leitura das posições dos astros celestes. Na verdade, ele traz as informações simbólicas daquele tempo e espaço, tendo como referência o céu visto naquele momento e daquele local no globo terrestre. O céu aqui representa a conjuntura simbólica, que foi construída no imaginário coletivo ao longo de gerações e culturas da ancestralidade humana, e não os corpos celestes que flutuam no espaço sideral.

Se o Sol (no Sistema Solar) é considerado o símbolo do Eu, Self, centro, essência, poder pessoal e individualidade de cada coisa, não é porque o astro físico Sol fez algo comigo e com você que nos marcou com esse significado. Na verdade, é o simbolismo que ele carrega, de papel centralizador dentro do Sistema Solar, com todos os seus planetas circulando ao redor, sendo ele uma estrela (e por isso incandescente) que emite luz e calor, permitindo a existência de vida na Terra (tudo isso unido em um único símbolo), é que permite que seu significado dentro da leitura astrológica incorpore o significado de centro (da essência) de cada coisa.

É o simbolismo dos astros (na conjuntura celeste) e sua associação com a vida (na conjuntura mundana e humana) que importa no estudo da Astrologia (Cosmo Análise), não são os corpos celestes, senão estaríamos falando de Astronomia. O Mapa Astral então é uma fotografia do céu num momento específico, que registra cada mínima particularidade desse céu e nos permite decifrar cada simbolismo ali colocado, da forma como cada símbolo se configura e como ele se personifica em relação a todos os outros símbolos naquele instante específico. Cada astro, planeta, satélite, signo, estação do ano, elemento, modalidade, asteroide e estrela que faz parte de um Mapa Astral possui um papel simbólico no céu e, por isso, na vida. E o que é mais incrível disso tudo é que, a cada minuto, essa configuração se modifica e nunca jamais se repete de forma idêntica. Talvez seja por isso que cada coisa da existência tenha sua particularidade, sua importância única, sua essência singular e também tenha seu momento único (no tempo e espaço) de vir e partir do mundo, de nascer e de morrer.

Como a Astrologia é um conhecimento que busca decifrar o timing de cada coisa, de cada momento, temos então como ponto de partida do seu estudo (regra geral da lógica astrológica) o momento exato em que cada coisa chega ao mundo (nasce). É aí que surge a leitura de Mapa Natal, que é o Mapa Astral do nascimento, do instante inicial em que algo surgiu na Terra. A partir deste Mapa, podemos analisar não só a natureza existencial do que está nascendo (não só o conteúdo simbólico no qual o que está surgindo irá lidar desse momento inicial em diante), mas também como esse simbolismo base (do Mapa Natal) irá se articular em cada novo momento, em cada novo agora. É assim que surgem as previsões astrológicas, que são a essência de cada novo instante (a natureza de cada novo tempo, novo agora) aplicados à natureza essencial daquilo que já nasceu anteriormente num tempo e espaço específico.

E por qual razão eu iria querer saber a natureza do tempo (o timing) de cada coisa?

É neste ponto que a Astrologia passa de um conhecimento milenar, que muitos pensam ser defasado, inútil para os tempos atuais tão acelerados (com tantos saberes científicos de ponta, tanta tecnologia e a globalização da informação/cultura), para um conhecimento do futuro, que possui uma lógica ainda não facilmente alcançada pela consciência humana contemporânea...

Aqui venho dar um exemplo dentro do universo business, no que há de mais trendy e de mais sofisticado no Zeitgeist atual:

No mundo corporativo e até mesmo na vida particular de cada um de nós, cada vez mais está sendo difundida e valorizada a capacidade humana de discernir, com plena lucidez e amplitude de pensamento, o timing de cada coisa. Cada vez mais, está sendo buscada a fórmula mágica de se saber a melhor forma de aproveitar o momento de agora, de um jeito que, pensamento, emoções e ações estejam direcionadas especificamente para o melhor que cada agora pode oferecer. A forma de atuar com assertividade em um momento de recessão não é a mesma de um momento de expansão. O foco da consciência humana está cada vez mais voltado para esta assertividade. E para se conseguir agir com assertividade em cada flutuação do momento, seja em que aspecto da vida for, é preciso possuir uma forma de pensar transgressora para a lógica das especificidades científicas (tão valorizada no pensamento humano atual). Aqui qualquer contradição é mera coincidência.

E aí, isso nos lembra alguma coisa?

Claro, a Astrologia!

Ou melhor, a Cosmo Análise.

A Astrologia não só é o conhecimento que busca decifrar a essência de cada momento, de cada agora (ou o timing de cada coisa), como é o único saber da existência humana que nos permite olhar para todas as particularidades da vida respeitando a importância singular de cada coisa e a conectando com o significado (o papel) dela no todo, em toda a existência.

Aqui eu concluo fazendo um brinde ao futuro da Astrologia.

Tim tim! ;)

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