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segunda-feira, 1 de abril de 2024

Abril as portas para o novo mundo

•} ABRIL DE 2024: o mundo não gira, ele capota

Chegamos ao 1⁰ de abril mais surreal dos últimos tempos (e isso não é mentira), praticamente um salto quântico do tipo triplo mortal carpado de costas: apertem os cintos. Abril chega com o combo da nova temporada de Mercúrio retrógrado + eclipse solar colado a Quíron + Marte-Saturno + a conjunção Júpiter-Urano em Touro (que aconteceu pela última vez em 1941, no meio da 2ª Guerra Mundial) no mesmo dia da quadratura Sol-Plutão, finalizando o mês com Lua Cheia de Plutão e Mercúrio estacionário direto. Ufa! Um combo não muito saudável, bastante indigesto e propenso à intoxicação. Brincadeiras à parte, é isso mesmo, sem exageros.

Estamos diante de um momento em que o céu espelha uma Terra dando cambalhota e bastante a fim de redirecionar a história do planeta para novos caminhos. Para quem lê os astros, é possível ver com distanciamento um planejamento de médio a longo prazo, em que 2020 representou o desabamento, 2024 a reviravolta chocante e 2026 um novo começo (não necessariamente melhor... mas podemos trabalhar para isso). Esses são anos de muita turbulência no céu, indicando que na Terra temos uma humanidade atordoada, tentando se safar em meio a diversas correntes ideológicas em conflito e na esperança de sobreviver neste planeta (Gaia) que quer evoluir agora (não daqui a 100 anos, agora).


A partir de hoje teremos o desencadear de
um processo que parece vir para promover uma espécie de inseminação de um novo paradigma para a humanidade, um primeiro estágio desse embrião que irá nascer em algum momento futuro, trazendo esse novo mundo, essa nova formatação de mundo no qual iremos viver. Podemos experimentar nas próximas semanas uma sucessão de eventos em cascata, um puxando o outro, um encadeamento de surpresas e reviravoltas, tudo ladeado de ponta a ponta por Mercúrio retrógrado (hoje estacionário e entre 31 março-2 abril // 24-26 abril em seu grau máximo de caos). Como plano de fundo desse contexto, realmente ter Mercúrio andando para trás (no céu visto da Terra) só sinaliza a dificuldade que teremos em lidar racionalmente com os eventos que surgirão. Se já teremos eventos de sobra para chacoalhar nossa realidade durante o mês, ter esta retrogradação de Mercúrio agora é como se um filtro fosse colocado sobre o nosso olhar (tipo esses do Instagram), capaz de distorcer mais ainda a nossa capacidade de decifrar corretamente os eventos que estarão pipocando. Somente em maio, quando ele ficar direto e percorrer a zona de retrogradação novamente, iremos ter novas e esclarecedoras revelações sobre o que de fato aconteceu em abril. Provavelmente, agora e durante as próximas semanas muita coisa estará encoberta, disfarçada, camuflada, negada, misteriosa e corrompida, a verdade se fará vista posterior à retrogradação, após 25 abril 2024.

•} MERCÚRIO RETRÔ: seja gentil, ninguém está bem

Se todo movimento de Mercúrio no céu espelha na Terra o plano mental, a razão, a lógica e o lobo frontal do cérebro, o verbo, a escrita, a fala e todo tipo de comunicação, os equipamentos elétricos, eletrônicos e a aparelhagem tecnológica que sustenta o mundo atual, todos os meios e vias de transporte (na terra, água e ar), as trocas de toda forma, o comércio, os bancos, as transferências de dinheiro, a burocracia, os contratos, os acordos e o movimento cotidiano, as atividades rotineiras e a atenção que temos no dia a dia, tudo isso vai precisar de muito mais alerta do que de costume. Tudo que costumamos fazer no piloto automático, sem muita atenção ou reflexão, naquilo que já criamos rituais diários e que sempre costumam funcionar sem desgaste, é aí mesmo onde mora o problema, é aí onde devemos estar com nosso sinal de alerta ligado. Mercúrio retrógrado vem sinalizar que não podemos confiar na nossa sensação de que está tudo conforme o esperado, de que está tudo sob controle. Na verdade, podemos ter como mantra do período a frase: relaxe, nada está sob controle.

Dito isso, dito qual é o plano de fundo do mês, vamos para os pontos cruciais.

•} OVERDOSE DE MACHÕES//ÁRIES: o dragão encurralado

Eclipse Solar e Lua Nova em Áries (dia 8 abril) dando um abraço apertado em Quíron (tendo a Umbra e Penumbra do eclipse percorrendo os países da América do Norte, locais de sua maior força de atuação: México, EUA e Canadá) + Marte-Saturno (10 abril)

Leia mais aqui:

O impacto dos eclipses na vida terrestre poderia ser comparado a uma enorme sessão de acupuntura no corpo da Terra, como se microagulhas estivessem sendo aplicadas pontualmente nos locais onde existem emaranhados energéticos e bloqueios do fluxo natural de energia, tanto no corpo do planeta, como em pontos específicos da humanidade que aqui vive. Mesmo que as agulhas (eclipses) sejam capazes de atuar especificamente em alguns canais de energia, o corpo inteiro da Terra se beneficia com a liberação do fluxo nos meridianos antes bloqueados, por fim acontece uma liberação sistêmica. Eclipses atuam sinalizando onde é preciso colocar pontos de luz sobre as sombras, um mecanismo simbólico reverso (ou literal, tanto faz) ao que ocorre no céu, que é um ponto de sombra sobre a luz dos luminares (aqui acontece um jogo simbólico de luz e sombra em todos os aspectos da existência).


Os eclipses são fenômenos que sinalizam a abertura de aspectos muito rústicos e instintivos do funcionamento do planeta, aspectos capazes de abrir portais energéticos interdimensionais ou canais metafísicos reveladores e é por isso que às vezes podem surgir daí situações bizarras, excêntricas para nós aqui na 3ª dimensão (a dimensão do concreto). É importante entender que, nem sempre os eclipses trazem revelações lumínicas, cheias de amor e pureza, muito pelo contrário, geralmente o que fica escancarado são as verdades sombrias da natureza humana e mundana, com o propósito de trazer tomadas de consciência, insights e uma posterior iluminação. Há um teor muito forte de imprevisibilidade no período de eclipses, justamente por eles trazerem a força do sobrenatural, da metafísica da existência, da energia bruta do instinto da natureza para a mesa, servindo a humanidade com um banquete de episódios fora da caixa, fora do script no qual costumamos saborear a vida.

Este eclipse em especial vem em conjunção exata a Quíron, onde há um alinhamento no céu entre Sol-Lua-Nodo Norte-Quíron, todos em Áries (com o dispositor Marte aplicando conjunção a Saturno, os dois planetas maléficos juntos). Este quadro todo nos indica, de forma bem clara, que aqui na Terra a força do patriarcado estrutural e do masculino bélico pode insurgir com uma arrancada inesperada e incrivelmente destrutiva, uma avalanche de resistência do patriarcado decadente
(Quíron em Áries). Podemos ver agora eventos que retratem um novo fôlego desse movimento ultrapassado do "macho tóxico" (e do recente neo-fascismo), que foi construído pela estrutura social humana dos últimos milênios, retratando e reproduzindo os eventos misóginos grotescos dos últimos 10 mil anos, contra as minorias e o feminino (feminicídio, violações, extermínio, etc). Este eclipse pode estar sinalizando que, aqui na Terra, as microagulhas de acupuntura (que estão sendo aplicadas sobre os pontos de bloqueios e emaranhados sistêmicos das correntes energéticas no planeta) estão focadas nas sociedades e culturas misóginas, em especial onde ocorre a Umbra do eclipse solar de 8 abril 2024: paises da America do Norte (México, EUA e Canadá). Este eclipse (19° Áries) é um espelhamento simbólico do eclipse solar de 14 outubro 2023 (21° Libra), que ocorreu junto ao início de todo o episódio mortífero em Gaza, ou seja, podemos ver neste mês novos capítulos desta tragédia que parece não ter fim, infelizmente.

Na minha opinião, este eclipse vem realmente dar muita força ao movimento de resistência em favor do neo-fascismo, em contraponto à atual avalanche feminista e anti-patriarcado, talvez com os absurdos da misoginia (ou anti-minorias) sendo escancarados e esfregados sem piedade na cara da humanidade. É uma características dos períodos de eclipse surgirem eventos em que a podridão submersa fica exposta aos quatro ventos, exalando todo o fedor da humanidade hipócrita, com os ratos saindo dos bueiros da sociedade e a fossa transbordando pelas ruas onde a high society pisa. Mas não para por aí, há sempre um propósito maior por trás dos eventos pontuados pelos eclipses, que atuam de médio a longo prazo, desencadeando contextos distorcidos inicialmente, exacerbando o impacto destrutivo que possuem, para posteriormente haver uma mudança monumental do mindset individual e coletivo, um plot twist da vida real, capaz de mudar o curso da história humana. Aguardem.


•} DERRUBANDO A MURALHA: a tirania chega ao ponto de saturação

A conjunção Júpiter-Urano em Touro + Sol-Plutão (20 abril) 

Leia mais aqui: Plutão em Aquário | Júpiter-Urano

Chegamos então ao ponto alto do mês, talvez reverberando por meses, anos e décadas, uma verdadeira inseminação do turning point que tanto sonhamos para a humanidade: o surgimento de um novo paradigma. Muito provavelmente essa inseminação não seja tão óbvia a princípio, quem sabe esteja acontecendo por baixo dos panos ainda, talvez esteja camuflada por muitos outros fatores, mas ela está aí. Está aí o embrião de um novo mundo, que em algum momento irá nascer. Mas lembremos sempre, que antes de nascer o novo, existe para ser vivido todo um período de gestação e preparação, lapidação e transformação da mentalidade humana, até estarmos todos (talvez não todos, pelo menos alguns) preparados para o trabalho de parto. Lembrando sempre que nascer dói. Parir um novo mundo dói, respirar pela primeira vez dói. Então não vamos esperar moleza daqui para frente, pelo contrário, se queremos um mundo melhor, teremos que arregaçar as mangas e lutar por um mundo melhor. O novo mundo vai nascer de todo jeito, então que seja uma versão muito melhor deste mundão que já conhecemos, certo?

Júpiter-Urano se alinham no céu de 2024 e ativam uma potência explosiva de Plutão recém-chegado em Aquário (após mais de 240 anos, onde aí esteve pela última vez durante a Revolução Francesa e das Américas). A energia revolucionária aquariana desponta então com Plutão como um fator de efervescência e de transbordar de uma nova consciência coletiva, tecendo na sociedade humana uma mentalidade voltada para o mundo que queremos construir, um mundo em que (talvez, quem sabe) possamos colocar em prática os ideais da Revolução Francesa: liberdade, igualdade e fraternidade. Em sua versão distorcida, esse mesmo Plutão aquariano traz a tecnologia como fator dominante sobre o humano e as posturas dogmáticas se voltando para o controle da sociedade, um risco imente ao qual estamos todos vulneráveis. Aquário é um signo de sistemas, de inovação e de coletivo, Urano (seu regente contemporâneo) tem caráter individualista e excêntrico, ligado às tormentas e à eletricidade, à anarquia e às rupturas, no céu de agora ele está se expandindo com Júpiter, o maior planeta do sistema solar. Essa conjuntura celeste nos espelha uma Terra em r-evolução, uma vida na Terra em ebulição e uma humanidade vivente em plena transição de consciência. Só espero muito, que em pleno 2024, não seja necessário ter a guilhotina como um dos atores principais dessa atual revolução humana, já que vivemos em um mundo globalizado e, além de revolução, queremos também evolução, por favor.

•} REVIRAVOLTA IMPREVISÍVEL: nada será como antes

Mercúrio estacionário direto (25 abril) logo após a Lua Cheia de Plutão (23 abril) que não será eclipse. O resumo da ópera.

Agora vamos relembrar que Mercúrio esteve retrógrado todo o mês e foi o plano de fundo desse quadro geral que expliquei, sobre como está o céu visto da Terra. Mercúrio retrógrado isoladamente não necessariamente é sinal de tudo ruim acontecendo, salvo os períodos de estacionamento do planeta (no início e no fim da retrogradação, agora será
entre 31 março-2 abril // 24-26 abril), ao longo da retrogradação é muito possível que excelentes insights surjam como um clarão na consciência. Em especial, durante a conjunção inferior com o Sol (quando Mercúrio está retrógrado e Cazimi, que agora será dia 11 abril), é muito provável que seja vivido (de forma particular) um despertar de consciência para uma outra perspectiva de entender a vida, muito mais desperta e lúcida. Um novo ponto de vista interno, diante da realidade externa, pode muito bem ser alcançado pela consciência individual, durante uma retrogradação de Mercúrio bem vivida.

Para entender e aproveitar bem o período de Mercúrio retrógrado, é essencial saber que tudo de complicado e problemático que surge no mundo externo, só surge para que a consciência individual se volte para dentro, para a introspecção e reflexão. É um momento em que as trocas do Eu com o mundo ficam interditadas ou distorcidas, como um convite ou mesmo um ultimato da vida para que a individualidade se recolha e se reforme internamente, antes de se voltar outra vez para fora, para se projetar novamente para o mundo. Nesse sentido, podemos entender que toda a turbulência prevista para o mês de abril provavelmente será vivida pela consciência humana ainda com muita indefinição, muita distorção. As coisas não estarão claras agora, neste período as coisas não serão o que parecem ser, muito cuidado precisaremos ter com mentiras, calúnias e fofocas. Até porque muita coisa irá se reconfigurar depois de 25 abril 2024, nas semanas seguintes à retrogradação. O nosso trabalho agora será muito mais interno do que externo, de reflexão e introspecção, de reajuste interno das nossas posturas externas. Se surgirem insights construtivos melhor ainda, mas focar nas turbulências do mundo fora só irá confundir mais esse processo interno. Se se sentir no olho do furacão, lembre de respirar, às vezes só é preciso isso para manter o eixo interno e saber como seguir.


•} CHÁ DE REVELAÇÃO (é menino ou menina?): um novo tempo se anuncia

Com um olhar distanciado, diante do que promete surgir junto ao eclipse solar e da posterior conjunção Júpiter-Urano, podemos entender que neste mês a tormenta precede a inovação, que o caos precede uma nova ordem. Algo parece surgir no sentido de destruição ou de tragédia, algum fator cruel pode despontar como um dragão ferido que, prestes à ser derrotado, cospe ao redor seu último e incendiário fogo. Aqui fiz alusão ao patriarcado estrutural decadente, essa mentalidade de desigualdade e hierarquias, que insiste em resistir na mente de alguns (tanto homens quanto mulheres), diante da avalanche feminista, pró-minorias e anti-patriarcado. Meu palpite é que, se o eclipse chega abrindo o portal sombrio do "macho tóxico", a posterior conjunção Júpiter-Urano surge como resposta a esse evento decadente, expandindo o portal de luz da nova ordem mundial. Neste ponto é onde iremos ver a inseminação, a fecundação e o embrião de um novo paradigma, de um novo mundo. Um mundo que (creio eu, sonho eu) olha o ser humano não pela sua identidade, não pelo seu gênero, não pela sua escolha de gênero, não pelo seu status, não pelo seu credo, não pelas suas origens, não pelo que aparenta, não por suas particularidades, não por suas fragilidades, mas um mundo que vê sim o ser humano como ser humano, por ser humano. Afinal, somos todos iguais, mesmo vestindo realidades diferentes. Somos todos humanos.

Feliz Abril

As portas para o novo mundo ✨️🕯

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PARA UM MAIOR APROFUNDAMENTO SOBRE OS TEMAS DESTE TEXTO, DEIXO NOVAMENTE AQUI OS LINKS COMO SUGESTÃO DE LEITURA:


quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

+20 anos atuando como ASTRÓLOGA 🫶🏻

Como dizem por aí:

Quando eu cheguei,
tudo isso aqui era mato

🧙🏻‍♀️

PRIMEIRAS PALESTRAS PELA CNA EM 2009

🙂


• Fotos antigas •
(existem mais antigas ainda, que não achei)

🫶🏻

Alguns dos muitos encontros da CNA Fortaleza

❤️


segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Eclipse. Um portal entre dimensões.

Venho aqui (e agora) me aprofundar nas reflexões sobre como funcionam os recados dos eclipses e os diversos fenômenos decorrentes deles na vida e na realidade. Mas primeiro precisamos entender como funciona a gestação dos acontecimentos na realidade da 3a dimensão, tendo em vista as dimensões mais sutis. Especialmente a 4a dimensão, que está muito próxima de nós aqui, que vivemos no concreto e no corpo físico (3a dimensão). Dimensão é uma palavra que faz referência a como é possível medir e perceber um fenômeno, partindo de um certo ponto de vista. No caso, a 1a dimensão é a dimensão de 1 ponto, a 2a dimensão é a da linha (2 pontos), a 3a dimensão é a do triângulo (3 pontos: altura + largura + profundidade = cria a forma), a 4a é a do tetraedro (a do triângulo com um 4o ponto de profundidade e perspectiva, um sólido de 4 lados) e assim vamos ampliando as possibilidades a cada dimensão.

Na 3a dimensão vivemos a matéria e podemos moldar e nos movimentar através do espaço. Já na 4a dimensão é possível moldar e se movimentar através do tempo (passado + presente + futuro = o aqui-agora ou o tempo relativo). Ou seja, na 4a dimensão é onde estão codificados os eventos ocorridos no passado, a infinidades de infos do presente e aqueles eventos que estão em processamento para ocorrer no futuro (é onde ficam, em grande parte, os registros akáshicos ou a biblioteca de luz de toda a existência).


A 4a dimensão é um mundo (imenso) muito ligado à matéria (3a). E 3a-4a dimensões se entrelaçam a todo tempo (espaço-tempo), definindo cada evento da realidade. É por isso que, para interpretar os símbolos da astrologia, usamos sempre as referências do céu visto em um espaço e tempo específico aqui neste planeta. A 4a dimensão também é a dimensão dos símbolos e códigos que se apresentam para nós em imagens (principalmente) dentre outros. Nela (4a) também estão codificadas as informações que surgem na maioria dos sonhos (há alguns que são de 5a), nos oráculos (tarot, búzios e etc.), sincronicidades e no contato com seres que não estão mais encarnados.

É importante saber que, quando nascemos, nossa consciência (que está na 4a dimensão) morre para a 4a e nasce para a 3a (como bebêzinho). Assim como quando nosso corpo morre para a 3a dimensão (a da matéria) nossa consciência nasce imediatamente na 4a dimensão (seja no baixo astral, no médio ou no alto astral da 4a). Nosso processo evolutivo, aqui no corpo físico, é ser capaz de perceber conscientemente as informações disponíveis nas dimensões cada vez mais sutis (4a.. 5a.. 6a...) e interpretar a vida da forma mais ampla possível, como os grandes mestres que estão na 5a dimensão (a da iluminação). Enquanto não chegamos lá, bora tentar pelo menos decifrar a 4a, certo?

Então, a 4a dimensão é um mundo tão gigante de informações e fenômenos que, se estamos desconectados da nossa essência e não exercitamos nossa intuição, podemos viver aqui na 3a perdidos e interpretar a realidade de uma forma muito distorcida e equivocada (em alguns casos até primitiva, focada só no instinto e na sobrevivência do corpo). Isso acontece porque temos como ferramenta de percepção da matéria os nossos 5 sentidos, para identificarmos os fenômenos desta dimensão do concreto (3a). O sexto sentido (intuição), que não é propriamente um sentido, mas sim a nossa capacidade de síntese, é que integra e interpreta as informações que coletamos com os 5 sentidos.

O sexto sentido (a intuição) é a nossa ferramenta que atua na 4a dimensão em nossa consciência, onde sintetizamos e damos significado aos fenômenos da realidade (3a). Uma excelente forma de estar sempre sintonizado, integrando construtivamente 3a e 4a dimensões, é nos estados meditativos e sonhos ou na interpretação das informações dos simbolos astrológicos ou mesmo quando nos propomos a observar e dar significado às sincronicidades, que acontecem a cada instante na vida ao redor. A 4a dimensão está muito muito muito próxima de nós (que vivemos em corpo na 3a) e está sempre nos enviando recados, apresentando perspectivas mais amplas e codificadas para nos guiar nesta vida concreta, tão cheia de complexidades.

Uma coisa muito importante de entender sobre como funcionam os acontecimentos da existência, é comprender que existe toda uma metafísica que envolve a gestação das coisas que surgem e que, primeiro elas se organizam nas dimensões mais sutis, para então "ir descendo" para a 3a dimensão. É como um download que "baixa" o material (fenômeno) que está na nuvem.
Ou seja, por exemplo, um casal que de repente se encontra e se apaixona na vida, na verdade já se encontrou na 5a dimensão e depois na 4a, para então acontecer de se encontrar na realidade da 3a (inclusive, tem gente que sonha com pessoas que não conhecem ainda, mas que vão aparecer logo em seguida em suas vidas). Outro exemplo seria a de uma pessoa que vive uma grande guinada na vida, que de repente ganha muito dinheiro e tem uma súbita expansão profissional de status, levando a novas experiências completamente diferentes das que tinha até então. Tudo isso para ser real na 3a dimensão, só surge quando bem antes já havia acontecido nas dimensões mais sutis, para enfim se tornar realidade.

A "nuvem" que mencionei aqui é uma metáfora de onde estão "pairando" os códigos (4a dimensão) que são apresentados o tempo todo para nossa consciência decodificar (quer percebamos ou não) e se guiar pelos caminhos à frente. Podemos usar como métodos de de-codificação aquelas mesmas ferramentas interpretativas que citei e muitas outras: sincronicidades, sonhos, astrologia, tarot, oráculos, numerologia, intuição, insights, déjà vu, atos falhos, chistes e etc. Então, é por isso que é possível sim interpretar os símbolos e fazer previsões daquilo que está codificado e se formulando na 4a dimensão. Dessa forma exercemos melhor nosso livre-arbítrio, nos posicionando de modo a conduzir nossa vida mais construtivamente, desviando previamente de possíveis desafios e aproveitando com maior planejamento as oportunidades de crescimento quando surgirem.

Tudo o que chamamos de espiritualidade é, nada mais nada menos, que estar sintonizado a todo momento com os símbolos das dimensões mais sutis (4a e 5a) e assim conduzir nossa vida com mais sentido e significado. Estar constantemente integrando os símbolos e mensagens das dimensões mais sutis traz essa sensação de plenitude, completude e conexão com o todo, ao nos permitir criar coerência em tudo que é vivido. Além de nos permitir estar precavidos, desviando possivelmente das versões mais negativas da expressão dos símbolos. Inclusive, podemos buscar trabalhar todas essas mensagens codificadas através dos canais que mais sentimos afinidade.

Podemos buscar uma forma intimista e transformadora de trabalhar internamente os símbolos, intencionando canalizar seus significados no sentido de gerar progresso, evolução e expansão da consciência. Seja em processos psicológicos terapêuticos ou nas múltiplas possibilidades de expressão artistica, nos rituais de conexão e despertar espiritual ou mesmo nas vivências curativas com alucinógenos. Assim como em momentos de oração e cerimônias religiosas profundas, rituais com cristais, reiki ou iniciações, ou ainda em contatos com a natureza, animais e os 4 elementos (as possibilidades de conexão são infinitas). Afinal, exercemos melhor nosso livre-arbítrio dessa forma, do que se escolhermos nos manter desconectados, sendo levados pela vida como um barco à deriva. 

Com tudo o que falei aqui até agora, parece até que estou fugindo do tema do texto, mas na verdade esta explicação é fundamental para entender como funciona a decodificação simbólica da astrologia e mais especificamente ainda quanto aos eclipses. Porque eles (os eclipses) trazem informações do surgimento da movimentação de aspectos muito rústicos da realidade, de aspectos mundanos e terrenos muito voltados para o instinto e a sobrevivência da Terra (como uma entidade consciente e vivente). 
Os eclipses canalizam informações de energias tão únicas, raras e intensas no funcionamento da vida na Terra, que bagunçam toda essa lógica das diversas dimensões da realidade. O alinhamento entre Sol-Lua-Nodos-Terra, que acontece durante os eclipses, é um fenômeno que surge como um raio, cortando e atravessando as diversas dimensões da existência. Esse corte, esse raio ou fissura interdimensional, pode ser entendida como um portal, onde fenômenos, informações e coisas bizarras surgem, pegando todos nós (presunçosos seres humanos, que somos e acreditamos saber tudo do universo) de surpresa. Na verdade, mais sábio seria reconhecer que: o que conhecemos é uma gota, o que desconhecemos é um oceano.

É então a partir dessa consciência, que aqui podemos inverter o processo a nosso favor do que surge vinculado ao eclipse, convertendo sua potência em algo positivo, convertendo destruição em regeneração. É este mesmo fenômeno (eclipse), que surge na realidade (3a dimensão) e que sinaliza a abertura de um portal que atravessa os diversos níveis interdimensionais (trazendo conteúdos de bizarrices e sombras), que é o fenômeno igualmente capaz de produzir um canal extremamente potente de cura e libertação de emaranhados sistêmicos, dos mais complexos e difíceis da vida aqui na Terra. Os eclipses são um fenômeno que despontam como uma bagunça, tanto na vida física como na metafísica da existência, de tal forma que, se bem usado, pode se converter na grande chave que faltava para destravar o maior dos males, o mais desafiador dos problemas, a mais dolorosa das dores. É o veneno que cura o mal. É o abscesso que estoura e supura e supera e libera o corpo da dor.

Se entendermos que, todas as dimensões da existência são simplesmente diversas perspectivas de olhar a vida (ampliando e trazendo cada vez mais compreensão de como tudo funciona), podemos da mesma forma pegar essa lógica e entender que: os símbolos que decodificamos na existência (e que podem vir de forma desafiadora ou assustadora, a principio), basta serem esmiuçados e conduzidos com perspicácia, para se tornarem um dragão domado, cuspindo fogo no alvo correto. Sendo assim, um agente de libertação, cura, integração e expansão da vida, transmutando toda dor em amor. Afinal, todo fenômeno da existência possui o seu lado sombra e o seu lado luz, podendo se tornar tanto um agente de destruição como de regeneração da potência de vida. Tudo depende do nosso grau de consciência (e sabedoria) em conduzir cada contexto da vida.


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SUGESTÃO DE LEITURA:




sábado, 14 de outubro de 2023

Eclipse. Que fenômeno é esse?

Eu não sou de menosprezar o impacto de um eclipse, nem na minha vida nem na de ninguém. Mas também não sou de me apavorar diante de um ou dois, aqui e ali. Afinal, todo ano temos 2 temporadas de eclipses e, querendo ou não, sobrevivemos para contar a história. Eu prefiro esmiuçar o que eles propõem sinalizar em nossa vida, mastigar e digerir todo seu recado e enfrentar olho no olho (com óculos apropriados, claro) o que ele veio eclipsar por aqui.

Sim. Eclipses trazem o recado de que pessoas, coisas, ideias, projetos, sonhos e qualquer outro fenômeno da vida pode ser eclipsado ao redor. Pode acontecer fora e pode acontecer dentro. Pode ser aquela pessoa que parte para o além vida, como pode ser aquela pessoa que parte da nossa vida. Pode ser aquela luz que se apaga dentro do nosso coração também, assim como a luz se apaga no céu. Pode ser que seja um momento que finalizamos um ciclo pessoal importante e isso parecer uma morte simbólica, um pedaço de nós que se foi, que foi eclipsado. A vida reflete o céu e o céu reflete a vida.

Nas abordagens antigas, o clima de eclipse era bem fatalista, não existia muito livre-arbítrio nem muito espaço para a consciência digerir significados e conduzir o recado do céu de uma forma particular, intimista e transformadora. Era tudo muito preto no branco e os fatos falavam mais alto: ou morria ou sobrevivia. Bem simples. Então os recados do céu eram simples também, sem muito espaço para as nuances da consciência. Os tempos mudaram e os tempos vão mudar ainda muito mais (oremos e nos preparemos). Hoje temos sim uma parcela maior de livre-arbítrio. Ganhamos uma fatia bem pequena desse bolo, mas já podemos saborear a vida de outra forma. Temos coletivamente o reconhecimento de nosso trabalho interno, temos técnicas e recursos de exercer nosso livre-arbítrio e sobreviver mais e melhor às intempéries da vida e do céu. É por isso (e só por isso) que o eclipse não precisa ser uma condenação para ninguém.


Dito isso, vamos esmiuçar as possibilidades de interpretação dos recados de um eclipse.

Para um eclipse acontecer, precisa haver o alinhamento do Sol-Lua com o eixo de Nodos Lunares, fazendo com que Luas Cheias e Novas estejam precisamente alinhadas com a Terra e assim ocasione o ocultamento de um dos luminares. Os Nodos são pontos virtuais que andam em marcha ré no zodíaco, no sentido inverso ao dos planetas, e é por causa desse movimento para trás que os eclipses (o alinhamento Sol-Lua-Nodos-Terra) trazem o simbolismo no espaço-tempo de "um recado do futuro para o presente". Então, é muito importante estar atento aos eventos e informações que pipocam durante o período de eclipses, pois tem aí sempre uma mensagem codificada de algo que está criando corpo na realidade, mas que ainda não se mostrou por inteiro. Um recado do nosso eu do futuro para o nosso eu do agora.


Outro fato interessante é que os povos antigos diziam que "não se mexe em vespeiro em tempos de eclipse". Ou seja, os instintos da natureza estão todos à flor da pele no período e existe um certo caos generalizado no ar, uma eletricidade sombria, em que tudo de mais bizarro pode acontecer. É neste ponto que nós humanos nos vemos minúsculos diante de um mundo assustador, diante de uma natureza avassaladora e de um planeta que pode nos engolir. Isso surge porque nos achamos, hoje em dia, seres dominantes diante da natureza e o inverso (a impotência) nos parece bizarro e inesperado. Pura ingenuidade nossa.

Nós humanos muitas vezes esquecemos que as reações caóticas da natureza (sejam nos animais, no clima ou nos coletivos), todas são uma resposta a algo que rompe com a estabilidade esperada e necessária dos contextos e ciclos naturais que nos sustentam a todos. A segurança e estabilidade é rompida na natureza quando surge a ocultação da luz do céu, seja na noite ou no dia, seja da Lua ou do Sol, seja pouco ou seja muito. Essa interrupção da emissão de luz que chega na Terra (e na percepção dos ciclos de dia-noite-dia) é suficiente para eletrizar o ar e deixar todos os seres viventes à beira do caos. Não só animais e humanos, mas também os elementos e elementais que mantém a estrutura do planeta. Tudo se mexe para acomodar o desconforto da estabilidade rompida pelo eclipse. É o instinto em estado de alerta para responder a cada possível ameaça. Por isso, querido humano, não mexa em vespeiro em tempos de eclipse.


Esticando um pouco mais este raciocínio, podemos entender que nós humanos também podemos reagir a contextos tensos ou situações limite ou problemas camuflados com a mesma instintividade de um animal selvagem. Em tempos de eclipse é muito mais possível e passível de acontecer. Reproduzimos subjetivamente este mesmo estado de reação anímica instintiva a qualquer ameaça que parece estar pairando no ar, a esta instabilidade elétrica e desconcertante, a esta sensação de que a vida é incompreensível e que tudo ao redor está envolto em sombras.

Sombras? Eu disse sombras? Sim. O eclipse é o aparecimento de uma sombra sobre o Sol ou sobre a Lua, já que no eclipse lunar a Terra oculta a luz do Sol sobre a Lua e no eclipse solar a Lua oculta a luz do Sol sobre a faixa de terra que ele iluminaria na Terra. É nesse sentido que vemos esse espelhamento ocorrer com os eventos sombrios que surgem no período. É como se o aspecto sombra da dualidade estivesse mais ativo, já que nossa consciência tende a negar e reprimir a própria sombra, projetando-a nos outros e negando-a em si. Somos todos seres iluminados e bondosos diante de um mundo coberto de maldade. Mas aí vem o eclipse e o lado sombra de todo mundo pula para fora, como um complexo psíquico que age para além da vontade individual. Esta parte sombra tão negada como real, não se constrange em aparecer junto do aparecimento da sombra sobre a luz dos luminares no céu. O problema maior é isso ser um fenômeno generalizado, em que cada encontro parece ser o encontro de duas sombras e não entre dois seres humanos vivendo suas melhores versões. Por isso, quanto mais silêncio, reserva e alívio físico, emocional e mental desta tensão que paira no ar, melhor. Um pouco de reclusão não faz mal a ninguém. 


Em sua melhor versão, estar consciente de tudo isso nos permite viver esta conjuntura metafísica exótica de uma forma menos destrutiva e mais construtiva. É possível estar alerta, recluso, meditativo e silencioso, buscando refletir sobre os acontecimentos da vida. É possível se preparar e estar atento para captar as mensagens subliminares que a vida está trazendo, sejam nas sincronicidades ou nos sonhos, nos mal-entendidos em conversas e encontros ou nas imagens e correlações simbólicas que surgem ao redor. Como também em oráculos e em estados meditativos de consciência, em contatos sutis com a natureza ou com cristais, dentre outros. É possível aproveitar este estado alterado no funcionamento da vida aqui na Terra para buscar formas alternativas de encontro com o próprio Eu e de descobertas sobre a vida e a existência. A época de eclipses é também um momento de grande despertar da consciência, para aqueles que já possuem um trabalho metafísico interior e conseguem conduzir esta energia para a abertura de insights e canais positivos de comunicação com dimensões sutis. Para além de todo caos, há a cura. Para além de toda perda, há a abertura de novos caminhos. Para além de toda ruptura, há a descoberta de verdades libertadoras. Para todo fim, há um novo começo.


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SUGESTÃO DE LEITURA:



quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

2019 – ANO DE ABRIR BAÚS E DAR ASAS A SONHOS

Este ano que chega já vem logo no primeiro dia dizendo que não será um ano fácil nem simples. Temos à frente uma trajetória em que precisamos apostar em nossa capacidade de lidar com o passado já ultrapassado, em equilíbrio com uma vontade irresistível de fazer tudo crescer e abraçar nossos sonhos - que podem ser, por vezes, ilusórios ou grandiosos demais para a vida real. Nosso desafio maior é equilibrar isso de forma que não deixemos de nos expandir, sempre tomando cuidado por onde pisamos, levando em conta que o mundo está dando muitos passos para trás na consciência humana e trazendo elementos do passado empoeirado para a pauta do dia.

DIA DE POSSES E PESOS


O 1° de Janeiro parece já avisar de um tempo mais complexo que bate à porta. Podemos sentir um certo desconforto ou a sensação de peso com a agenda que este dia representa para o país. Mas, na verdade, a humanidade inteira vai sentir este desconforto, porque existe no céu sinalizadores de um dia tenso, que por acaso em 2019 será o 1° dia do ano.

No simbolismo dos astros, tudo que começa em um determinado momento carrega as informações de como será sua trajetória dali em diante. Por exemplo, se uma criança nasce em um dia, hora e local específico, estes serão os dados astrológicos do céu no momento de seu nascimento e que contém todo o simbolismo de sua vida futura, sua personalidade e o que ela veio lidar nos diversos aspectos da existência (é como um projeto de vida). Assim o mapa natal é um guia que ajuda a consciência a se balizar ao longo de sua trajetória e tirar o melhor proveito possível de cada momento, de cada experiência.

Quando aplicamos esta lógica para eventos, assinatura de contratos ou o início de qualquer coisa, temos então as informações de como isto irá se desenrolar a partir de então e quais serão as temáticas elementares de sua trajetória. Aqui há sinais de grandes desafios à frente dos governos que tomam posse no dia 1° de Janeiro de 2019, justamente por levarem consigo componentes simbólicos de restrição e controle, que são as temáticas deste dia.


UM OLHO NO PASSADO E OUTRO NO FUTURO

Ao longo deste ano, teremos um ir e vir dessa dinâmica entre o retorno de tudo que já estava guardado no baú da História, como a exaltação de valores conservadores, a rejeição à liberdade de expressão e diretos humanos básicos ou mesmo dos cuidados com o planeta (já estamos observando isso crescer há um tempo); versus a vontade de romper limites, abraçar o mundo e fazer valer nossos mais lindos sonhos, com a confiança (e ingenuidade) de um bebê. Uma combinação paradoxal, mas que não precisa ser negativa, dependendo de como conduzimos nosso olhar diante da vida e deste momento.

É bastante contraditório também que em 2019 haja esse encontro de águas tão diversas, em que por um lado existe o movimento individual e coletivo de olhar para o alto e trazer para a vida a nossa verdade, os nossos ideais e a nossa liberdade, e por outro lado existir esse movimento tão contundente de negação da verdade do outro, das diferenças individuais e do respeito às minorias. Podemos muitas vezes nos sentir em conflito em nosso mundo interno e com o mundo externo ou olhar ao redor e presenciar conflitos em tudo e todos. Contraditório ou não, é esta realidade que se configura à nossa frente e que teremos que lidar ao longo dos próximos tempos. Um verdadeiro convite a reflexões sobre a vida e o viver, neste mundo tão diverso e multifacetado, mas que esqueceu de que acolher o outro é acolher a nós mesmos em nossas feridas e desafios.

FINAL DE ANO OU FINAL DE UMA ERA?


Parece que na vida tudo tem um propósito maior e até os momentos de baixa guardam a semente de uma nova configuração da realidade. É aqui que chegamos ao ápice do ano, que é quando 2020 já estiver batendo à porta. Será no final de 2019 (mas com uma prévia em abril e maio) que esse movimento de retorno ao passado vem com mais intensidade e cria uma onda ainda maior de valorização dos elementos já superados em nossa história coletiva e individual. Muito provavelmente isso surge porque existe uma (falsa) sensação de segurança, que esses elementos conservadores provocam na consciência que busca se agarrar a certezas, em um momento em que o que predomina na vida real é justamente o convívio com a incerteza e a percepção de que tudo ao redor está a ruir.

O efeito que podemos esperar é similar a um dique de uma represa que subitamente se rompe: a carga de um passado mal passado vindo à tona sobrecarrega a sociedade atual de tal forma que só existe uma saída, o rompimento. Então podemos aguardar um momento de forte desgaste de tudo que a humanidade tem cultivado individual e coletivamente no âmbito social, cultural, econômico e ambiental. Um desgaste das estruturas da sociedade e das instituições, que parecem até então vigorosas e firmes, acima do bem e do mal.

O que iremos fazer disso tudo, que chega neste momento para nós, não é possível prever. Muito porque a vida se faz ao ser vivida, em cada passo, em cada escolha. E quando as estrelas sinalizam um tempo de grandes transformações, é entregue à humanidade o livre arbítrio de como conduzir cada passo dessa travessia da melhor forma possível. Somos convidados então a desenvolver a compreensão dos ciclos de vida e de que há o tempo de semear e o tempo de colher, assim como há o tempo de abandonar o velho e de recolher forças para a chegada do novo.



TEMAS GERAIS

SAÚDE

Ao longo de 2019, devemos estar mais atentos a tudo que envolva as estruturas do corpo, como os ossos, dentes, articulações e também pele, cabelo e unhas. Será muito importante ter cuidado para evitar acidentes que possam fragilizar esses pontos. As pessoas já com idade avançada, que tendem a ter maior vulnerabilidade nesses órgãos estruturais, precisam ter ainda mais cuidado ou desenvolver estratégias de fortalecimento do corpo como um todo (por exemplo, fazer fisioterapia, musculação, hidroginástica ou ioga). Por outro lado, todo cuidado é pouco com os excessos que podem sobrecarregar o fígado e os órgãos de eliminação das toxinas do corpo. Neste ano, podemos dar mais escorregadas que o habitual na alimentação e bebida, já que um certo descontrole nas atividades prazerosas pode estar mais frequente, tanto como euforia como numa tentativa de escapar da realidade. Em todo caso, uma dose de bom senso e limites não irá fazer mal.

AMOR

Para os corações apaixonados, 2019 pode ser um ano em que mais pessoas queiram dar um passo a mais na relação e resolvam casar, ter casa, filhos, cachorro e papagaio. De certa forma, não basta só oficializar a união, tem que ser como manda o figurino: casar com o amor da sua vida, de branco na igreja e ter a lua de mel dos sonhos (tudo isso deve estar mais na moda do que nos últimos anos). Como 2019 tem um clima bem tradicional e também sonhador, as pessoas podem estar apostando todas as fichas em realizar o sonho de constituir família e seguir a tradição parece ser o caminho mais certeiro.

DINHEIRO

Este será um ano em que damos início a uma nova forma de lidar com os bens materiais e os recursos pessoais e coletivos. Podemos ver surgir muitas formas alternativas (e até inusitadas) de gerar renda. Por isso, quem tem a veia empreendedora e muitas ideias mirabolantes para ganhar dinheiro de uma forma sustentável, inovadora e criativa (em especial no setor da alimentação), tem a partir de 2019 um empurrãozinho do universo a seu favor. Embora este ano tenha um clima conservador no geral, no âmbito das finanças há este tom ousado e inovador.



TRABALHO

Com certeza, um dos temas mais fortes de 2019 será trabalho, especialmente no final do ano em diante. Seja porque teremos que trabalhar muito nossa própria consciência para compreender tudo que possa estar acontecendo na vida, como o trabalho em seu significado mais prático: a labuta de cada dia que nos provê sustento e dignidade. O que podemos notar ao longo do ano é uma necessidade mais forte que nunca de arregaçar as mangas e correr atrás do sonho de ascender profissionalmente. Nada mais clássico do que dizer que “para ser grande, temos que primeiro suar a camisa” e este poderia muito bem ser o mote de 2019. Cada dia de trabalho e dedicação não é em vão, se estamos sempre de olho em um objetivo maior, que só pode ser construído com nosso esforço e foco, dia após dia.