Nesse texto, estou sugerindo uma das formas simbólicas de se entender essas transformações no globo, trazendo para o campo subjetivo o entendimento dos fatos objetivos. Acredito que através dos desastres ambientais é possível observar a necessidade dos seres humanos experimentarem de forma concreta uma destruição material, a fim de assimilarem a importância da reciclagem dos conceitos, valores e prioridades vigentes, através de uma desestruturação em vários níveis [político, econômico, social e ambiental] do paradigma pós-moderno.
Enfim, não custa nada procurar entender a mensagem que o planeta Terra está tentando nos passar.
[Comentários foram adicionados a fim de exemplificar os eventos mundiais relacionados à configuração astral que está sendo apresentada.]
•
Em Sintonia: o Lixo é Luxo.
O Universo clama por aprimoramento. Aos humanos mais sensíveis é possível enxergar em cada desastre ambiental a expressão de uma força maior agindo, na expectativa de despertar a alma daqueles que buscam uma existência mais pura.
Uma configuração astral se insinua no céu entre planetas de forte carga transformadora [Saturno, Urano, Plutão] que estarão atuando nos próximos anos sobre a vida humana aqui na Terra. Pela natureza própria de agir fora do âmbito pessoal, o efeito da participação desses planetas na vida humana tende a catalisar um processo de ruptura, quebra de antigos padrões cristalizados e recomeço em uma proposta de existência completamente nova e autêntica.
[Na política, pudemos observar uma quebra de conceitos culturais ultrapassados, quando o atual presidente dos EUA, Barack Obama, tomou posse do governo, rompendo com o racismo aí instalado há séculos, sendo o primeiro presidente negro de seu país.]
A configuração astral tem a figura de um triângulo reto, conhecido no meio astrológico como “quadratura em T” e se coloca nos signos cardinais ou de iniciativa: Urano em Áries em oposição a Saturno em Libra, mais Plutão em Capricórnio em ângulo de 90º com ambos. Configuração esta que une em um mesmo contexto a rebeldia [ideologias radicais], as estruturas [condicionamentos, regras e hierarquias] e o poder das forças inconscientes [sejam elas da psique individual ou coletiva]. Os ângulos aqui sinalizam o conflito instalado entre essas três naturezas, todas em busca de um novo começo, mas nenhuma disposta a abrir mão de sua essência. Essa analogia mostra que, antes de um recomeço, será preciso desestruturar profunda e irrevogavelmente o sistema civilizatório aqui implantado, até que o terreno humano esteja preparado para um novo plantio.
Aqui na Terra, a implicação do agrupamento simbólico de tais planetas do Sistema Solar vai além das possíveis atuações na vida de cada pessoa. A configuração reflete a ânsia de evolução a nível de Humanidade, impondo a “reciclagem” como o tema que irá perdurar por boa parte do século XXI na mente dos seres humanos.
A grande lição a ser aprendida leva em conta não só a possibilidade de descartar o que foi construído ao longo dos séculos, mas também entender que, para que haja evolução verdadeira, é preciso deixar que o “lixo humano” seja cultivado como “adubo orgânico e psíquico” das próximas gerações. É preciso deixar que o passado [e o atual presente, que em breve será também passado] germine a semente de um Novo Mundo, aprimorando tudo que ficou de bom dessa estiagem e dando espaço a uma existência mais sintonizada com os ideais humanos do equilíbrio, da paz e do amor.
[Dentro dessa temática de "estiagem", podemos observar a devastação absoluta e desumana que tem vivido o povo haitiano. Antes do terremoto no começo de 2010, o Haiti já vivia em condições de miséria, depois da devastação do país, só resta a eliminação do que havia sido estruturado até então, para buscar um recomeço do zero, em todos os níveis de existência.]
A popularização crescente da ideia de valorizar e não descartar tudo que foi usado no dia-a-dia [objetos, instrumentos, materiais] e enxergar neles um recurso natural reutilizável, é com certeza uma das formas mais interessantes de se vivenciar as energias desafiadoras propostas por Saturno, Urano e Plutão. Certamente, devemos usar a simbologia dessa ideia também para o campo subjetivo, pois esses planetas trazem o confronto com a realidade prática como uma forma bruta de se lidar com o potencial alquímico da reciclagem psíquica.
Ainda é cedo para saber exatamente o que os Céus irão nos trazer nos próximos anos, em termos de eventos específicos em nosso planeta, mas já está em tempo de despertar a consciência de cada um de nós para a nova vida que se ensaia nos bastidores da Humanidade. Observando os eventos que estão acontecendo hoje, podemos perceber que o mundo nos aguarda surpresas a cada dia e o desafio já foi colocado à nossa frente, basta estar em sintonia com o novo paradigma que nos inspira: o Lixo é Luxo.
Artigos Relacionados:
Astrologia - Terremotos
Uma configuração astral se insinua no céu entre planetas de forte carga transformadora [Saturno, Urano, Plutão] que estarão atuando nos próximos anos sobre a vida humana aqui na Terra. Pela natureza própria de agir fora do âmbito pessoal, o efeito da participação desses planetas na vida humana tende a catalisar um processo de ruptura, quebra de antigos padrões cristalizados e recomeço em uma proposta de existência completamente nova e autêntica.
[Na política, pudemos observar uma quebra de conceitos culturais ultrapassados, quando o atual presidente dos EUA, Barack Obama, tomou posse do governo, rompendo com o racismo aí instalado há séculos, sendo o primeiro presidente negro de seu país.]
A configuração astral tem a figura de um triângulo reto, conhecido no meio astrológico como “quadratura em T” e se coloca nos signos cardinais ou de iniciativa: Urano em Áries em oposição a Saturno em Libra, mais Plutão em Capricórnio em ângulo de 90º com ambos. Configuração esta que une em um mesmo contexto a rebeldia [ideologias radicais], as estruturas [condicionamentos, regras e hierarquias] e o poder das forças inconscientes [sejam elas da psique individual ou coletiva]. Os ângulos aqui sinalizam o conflito instalado entre essas três naturezas, todas em busca de um novo começo, mas nenhuma disposta a abrir mão de sua essência. Essa analogia mostra que, antes de um recomeço, será preciso desestruturar profunda e irrevogavelmente o sistema civilizatório aqui implantado, até que o terreno humano esteja preparado para um novo plantio.
Aqui na Terra, a implicação do agrupamento simbólico de tais planetas do Sistema Solar vai além das possíveis atuações na vida de cada pessoa. A configuração reflete a ânsia de evolução a nível de Humanidade, impondo a “reciclagem” como o tema que irá perdurar por boa parte do século XXI na mente dos seres humanos.
A grande lição a ser aprendida leva em conta não só a possibilidade de descartar o que foi construído ao longo dos séculos, mas também entender que, para que haja evolução verdadeira, é preciso deixar que o “lixo humano” seja cultivado como “adubo orgânico e psíquico” das próximas gerações. É preciso deixar que o passado [e o atual presente, que em breve será também passado] germine a semente de um Novo Mundo, aprimorando tudo que ficou de bom dessa estiagem e dando espaço a uma existência mais sintonizada com os ideais humanos do equilíbrio, da paz e do amor.
[Dentro dessa temática de "estiagem", podemos observar a devastação absoluta e desumana que tem vivido o povo haitiano. Antes do terremoto no começo de 2010, o Haiti já vivia em condições de miséria, depois da devastação do país, só resta a eliminação do que havia sido estruturado até então, para buscar um recomeço do zero, em todos os níveis de existência.]
A popularização crescente da ideia de valorizar e não descartar tudo que foi usado no dia-a-dia [objetos, instrumentos, materiais] e enxergar neles um recurso natural reutilizável, é com certeza uma das formas mais interessantes de se vivenciar as energias desafiadoras propostas por Saturno, Urano e Plutão. Certamente, devemos usar a simbologia dessa ideia também para o campo subjetivo, pois esses planetas trazem o confronto com a realidade prática como uma forma bruta de se lidar com o potencial alquímico da reciclagem psíquica.
Ainda é cedo para saber exatamente o que os Céus irão nos trazer nos próximos anos, em termos de eventos específicos em nosso planeta, mas já está em tempo de despertar a consciência de cada um de nós para a nova vida que se ensaia nos bastidores da Humanidade. Observando os eventos que estão acontecendo hoje, podemos perceber que o mundo nos aguarda surpresas a cada dia e o desafio já foi colocado à nossa frente, basta estar em sintonia com o novo paradigma que nos inspira: o Lixo é Luxo.
Artigos Relacionados:
Astrologia - Terremotos
Clarissa, Clarissa, Clarissa...
ResponderExcluirÉ interessante essa palavra, "reciclagem".
Reciclo, reciclar: dar um novo ciclo.
Como você disse,
"... é preciso deixar que o “lixo humano” seja cultivado como “adubo orgânico e psíquico” das próximas gerações."
Profundas palavras. Realmente, "Lixo é Luxo", no sentido de que - vou interpretar agora - as coisas que a gente expeliu, colocou pra fora, abandonou, até mesmo elas servem, até mesmo elas têm uma utilidade.
A Natureza sempre reaproveita, o ser humano nem sempre - pelo menos conscientemente.
E se formos pensar em conteúdos psíquicos, de "lixo" psíquico, aqueles conteúdos que a gente não gosta e deseja jogar fora, parece-me que mesmo eles podem ser transformados em emoções "sadias", vamos dizer assim.
Assim abre-se a possibilidade de se começar um novo ciclo de vida, não só para o material/sentimento expelido, que pode ser reutilizado em sua forma transformada, mas principalmente para o próprio ser humano, que passa a renovar sua vida com outros valores, desta vez mais adequados ao novo momento.
Uma coisa implica na outra.
É interessante como depois de um dia péssimo pode vir um dia maravilhoso, não sei se isso acontece com você (ocorreu coincidentemente comigo nesta passagem de mês).
Precisamos apenas nos abrir para o que a vida está querendo mostrar. Se mantemos o coração aberto, nos permitimos entrar num "clima de reciclagem" constante.
Finalizo com alguns questionamentos sobre o texto.
Qual é o papel de cada um destes planetas que você citou (Saturno, Urano e Plutão) nesta necessária transformação planetária?
E como eles influenciam nossas vidas, no que se refere a nossa "reciclagem" pessoal de vida?
AbXrBjQj
Sidarta, Sidarta, Sidarta...
ResponderExcluirBelas colocações! Suas palavras embelezam este blog =)
Muito obrigada, você é sempre bem-vindo!
Concordo com sua forma de interpretar o texto, a vida. Sim, reciclar é permitir dar nova vida àquilo que costumamos "jogar fora" ou desprezar, seja isso no mundo mundano seja no mundo interior.
E a vida está sempre se reciclando, basta um olhar atento para perceber. Dias difíceis são seguidos por outros luminosos e assim, dia após dia, construímos nossa existência. Re-ciclando nós mesmos e o mundo.
Como falei no texto, esta configuração entre Saturno, Urano e Plutão se coloca como um incentivo a exercitarmos nossa capacidade consciente de reciclar, tanto os conceitos e paradigmas ultrapassados quanto os materiais utilizados na vida prática.
Plutão, estando no signo de Capricórnio, introduz a necessidade de profundas transformações dentro das estruturas sociais instauradas rigidamente, como também nas estruturas físicas concretas. Na prática, isso se reflete como crises nas instituições políticas, religiosas e sociais que estão defasadas há tempos, mas que se mantém pela força da tradição - tudo aquilo que se construiu com o tempo, temática capricorniana por excelência.
Outra reação ao simbolismo de Plutão em Capricórnio pode ser vista nos desastres ambientais que têm por essência a "quebra de estruturas", literalmente falando. Terremotos são os eventos mais clássicos, mas aqui se encaixa também as erupções vulcânicas, vazamento de petróleo, tsunamis, movimentação das placas tectônicas e quaisquer alterações relacionadas ao que está submerso, ao mundo ctônico. Pois aqui, "o invisível" [o deus do submundo, Hades-Plutão] se faz conhecer e vem à tona, para eliminar tudo que não mais serve, restando somente o essencial daquilo que existiu.
...
Dando continuidade ao pensamento...
ResponderExcluirA participação de Urano em Áries [que esteve conjunto a Júpiter no mesmo signo, o que ampliou mais ainda a energia de Urano] colocou em pauta a temática de começo de um novo grande ciclo para a humanidade. Áries é o primeiro signo do zodíaco, regido por Marte [um deus guerreiro e impulsivo], Urano neste signo traz todo um simbolismo de quebra, ruptura e rebeldia em relação ao passado, ao ultrapassado. Aqui ele nos mostra que chegamos à saturação do ciclo anterior [que durou 84 anos], para então começar um novo.
Essa conjunção Urano-Júpiter em Áries nos propõe um novo conceito de liberdade. É como se nós humanos estivéssemos prontos para revisar e romper com o atual conceito de individualismo, assim despertando para o valor da atitude individual que se implica na responsabilidade diante do todo. É a inter-dependência ou a inter-atividade, pois a atitude do Um está integrada ao funcionamento do Todo.
Além desses planetas já citados, ainda existe a presença de Saturno em Libra, que não é menos importante, pelo contrário. Saturno é dispositor de Plutão em Capricórnio e está exaltado no signo de Libra, o que pode significar um ponto de sustentação do equilíbrio nessa configuração como um todo.
Saturno é conhecido como o planeta que simboliza o retorno do karma, ou seja, tudo aquilo que fizemos ao longo de nossa caminhada [tanto como indivíduos quanto coletividade] e que é trazido à tona para uma melhor avaliação de nossa ações. As "cobranças" de Saturno já são bem conhecidas por todos nós, pois costumam ser severas e exigir um salto de maturidade em nossa existência.
Aqui, Saturno se encontra exaltado em Libra e nos coloca diante de nossas questões de relacionamento, solicitando o máximo de diplomacia na resolução de problemas que possam surgir. O signo da Balança busca ponderação e uma repartição meio a meio das responsabilidades dentro de qualquer relação. O que, diante desse contexto de recomeço e transformação coletiva, pode significar uma necessidade do uso inquestionável da diplomacia pelos nossos líderes e figuras de autoridade, a fim de sustentar a ordem perante os conflitos que tendem a vir à tona agora.
...
Buscando uma síntese desse raciocínio...
ResponderExcluirComo finalização das descrições dessa configuração planetária, chegamos à colocação de cada planeta em relação ao outro, ou seja, nos ângulos que eles fazem entre si. Como falei anteriormente nesse post, temos uma "quadratura em T" no início dos signos cardinais, com Plutão em Capricórnio fazendo ângulo de 90º com Urano-Júpiter em Áries de um lado e com Saturno em Libra do outro, sendo que os planetas em Áries e Libra estão em oposição.
E então você me pergunta: o que significa isso?
Primeiro, a quadratura em T é uma figura tipicamente de grandes desafios, pois amarra os planetas envolvidos como se estivessem em "cabo de guerra", cada um numa ponta puxando a corda para o seu lado. Mas nesse caso, a corda arrebenta para os 3 lados, pois todos os planetas "saem feridos dessa batalha". Quando interpretamos esse simbolismo, podemos concluir que cada símbolo planetário que participa dessa configuração influi de forma nada positiva, pois Plutão, Urano e Saturno estão agindo em discordância, não permitindo a livre atuação de cada planeta individualmente.
Agora vamos tentar sintetizar tudo que foi aqui falado e então retornamos ao próprio post, que sugere a ideia de "uma reciclagem da vida".
Como os planetas não estão cooperando entre si, o efeito dessa combinação não é óbvio nem construtivo, mas tende a ser trágico. Inclusive, costumam atuar de modo tão contundente que seu simbolismo pode ser vivido como um rompante da natureza em prejuízo dos seres humanos. Assim é a forma da vida trazer seus novos ciclos para a humanidade, que insiste em se manter na cegueira da alienação.
O simbolismo planetário aqui é claro: fim de um longo ciclo, ruptura com o passado, integração e equilíbrio entre os indivíduos, eliminação das estruturas ultrapassadas e recomeço em uma nova proposta de existência. Enfim, o universo parece nos apresentar uma nova vida daqui para frente, mas nós humanos ainda estamos muito envolvidos com o modus operandi de uma sociedade de consumo, que prega o individualismo e a depredação da natureza.
Na minha opinião, esses desastres coletivos talvez sejam a forma mais convincente de experimentarmos um despertar para uma nova vida. A reciclagem [como conceito, atitude e técnica] aqui se faz necessária, a fim de melhor vivenciar toda essa renovação, no mundo em que vivemos e no mundo que construímos dentro de nós mesmos.
.
Beijos!