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quarta-feira, 16 de setembro de 2015

RECORTES DE UM NOVO TEMPO

De tempos em tempos, o Universo parece querer que a vida aqui na Terra passe para um novo estágio de desenvolvimento. Nos vemos diante de situações novas, desafios inusitados e oportunidades inesperadas. Somos indivíduo e vivemos por nós mesmos, mas também somos coletividade e vivemos para o bem de todos que vivem aqui em nosso planeta.

by Marcelo Dalla
Se pararmos para observar o céu, lá está sinalizado como se configura os novos padrões da realidade que nos espera logo à frente. E agora é um desses momentos, pois nos vemos diante de um novo tempo. Não só vemos tudo mudar rapidamente ao nosso lado, como vemos uma nova configuração planetária que aponta diversas mudanças para a humanidade.
Primeiro que estamos no intervalo entre 2 Eclipses. Um período sempre cheio de surpresas e, de modo geral, com uma elevada carga emocional em diversos aspectos da vida. Domingo passado foi a vez do Eclipse Solar, uma Lua Nova que abre espaço para um novo trajeto a ser vivenciado por nós e que deve se desenrolar nos próximos meses. Daqui a alguns dias teremos o Eclipse Lunar, uma Lua Cheia que expõe as tensões ocultas que precisam ter fim em nossa vida. É um momento ainda mais carregado emocionalmente, pois é característico das Luas Cheias o transbordar de conteúdos emocionais, tanto humanos como da natureza em geral. E o Eclipse potencializa isso, às vezes permitindo surgir uma situação de caos momentâneo.

Eclipses delimitam começos e fins necessários na nossa trajetória de vida. São os elementos surpresa positivos ou negativos, mas sempre desafiadores, que nos forçam a visualizar a nossa realidade sob uma perspectiva completamente impensada. No zodíaco, os Eclipses fazem a trajetória inversa aos planetas, pois andam na contramão da sequência de signos. Esse simbolismo pode ser interpretado como um recado do futuro, de algo que vai vir a fazer parte da nossa vida em um momento posterior. Mas que ainda está se ensaiando, começando a nascer. Por isso, é sempre recomendado estar atento aos acontecimentos que surgem nas proximidades dos Eclipses, pois são sinalizadores de algo que terá uma importância grande em nossa história futura.

Em um segundo momento, teremos os trânsitos da próxima quinta-feira, dia 17 de setembro. Uma data em que 3 grandes eventos celestes ficam exatos. Logo de madrugada, temos o alinhamento da oposição entre os planetas Júpiter no signo de Virgem com Netuno no signo de Peixes. Um eixo que pontua a importância dos nossos hábitos rotineiros e espirituais (respectivamente), como uma forma de nos manter conectados com nós mesmos, a nível físico e extra físico.

Aqui Netuno está mais forte (domiciliado) e causa um efeito nebuloso e desnorteador para as expectativas infladas, características de Júpiter enfraquecido (aqui em Virgem está em detrimento). Podemos estar vivenciando isso como um endeusamento de algo que está disfarçado, apresentando agora só o aspecto heroico e camuflando o lado sombra. Ou podemos estar diante de frustrações ou desilusões na nossa realidade, com pessoas ou acontecimentos. Pode estar caindo o véu que cobre algumas verdades.

Na tarde do dia 17, temos o início da retrogradação de Mercúrio (agora no signo de Libra), um período de 3 semanas que acontece em média 3 vezes por ano. É um aspecto mais comum de ocorrer, mas inevitavelmente desorganizador do nosso dia-a-dia. Isso porque Mercúrio é o planeta que sinaliza como lidamos com as movimentações corriqueiras. Fazer pagamentos, ir ao banco, lidar com o trânsito, conversar com as pessoas próximas, ler e escrever, fazer ligações, marcar compromissos, arrumar a casa, consertar algum equipamento, comprar algo necessário e por aí vai. Tudo isso está vulnerável a causar pequenos transtornos em nossa vida.
Quando Mercúrio fica aparentemente retrógrado no céu (do ponto de vista aqui da Terra), nossa comunicação e dinâmica diária se torna introvertida. Ou seja, nos voltamos para dentro e percebemos o exterior envolto de uma nuvem colorida por aspectos internos. O que é inapropriado, quando falamos em lidar com a realidade externa. Por isso é que este período permite que pequenas desconexões aconteçam em nosso dia-a-dia.

O lado construtivo disso é que podemos ficar receptivos a insights, que surgem justamente na hora que essas pequenas desconexões acontecem na comunicação. No intervalo em que dizemos algo e a outra pessoa entende outra coisa (ou o inverso) e há uma quebra do raciocínio, uma ruptura na comunicação, é que surge então o famoso mal-entendido. Nestes momentos, existe um vazio cognitivo que dá espaço à intuição, a conexão com outras formas (mais sutis) de comunicação.

Por fim, já perto da madrugada, o planeta Saturno sai do signo de Escorpião (por onde andou nos últimos 3 anos) e ingressa definitivamente em Sagitário. Mudando assim o foco para onde nossos esforços irão se concentrar pelos próximos 2 anos. Concluímos com isso uma fase em que incríveis desafios, a nível emocional, colocaram em cheque a nossa realidade interna (provavelmente, desconhecida até por nós mesmos). 
Tivemos que lidar com “os esqueletos no armário” (curiosamente, foi nesse período que surgiu a febre dos zumbis no cinema e na televisão). Ou mesmo “sair do armário”, para assumir características pessoais que provavelmente não estávamos prontos para expor até então (notamos que, neste período, as questões legais que envolvem os direitos do grupo LGBT vieram à tona, mudando toda a forma como encaramos a sexualidade em nossa sociedade contemporânea).
De agora em diante, pelo menos até o final de 2017, iremos lidar com desafios à estrutura ética e filosófica em nossa sociedade. As instituições que sejam referência de “ordem e progresso” para a sociedade ou que sejam, idealmente, disseminadoras dos valores éticos e conhecimentos a nível superior, devem também passar por reformulações. Universidades de Ensino Superior deverão ser foco de novas estruturas, novas propostas, para continuarem a ser referência de saber e desenvolvimento intelectual. Senão, elas poderão passar por uma baixa, com muita gente querendo sair, porque deixou de fazer sentido estar lá. Muito dinheiro investido e pouca capacidade profissionalizante sendo desenvolvida em retorno. Por outro lado, deve estar sendo cobrado e muito mais valorizado pelo mercado, os profissionais que mostrem competência e um currículo profissional recheado de boas experiências.
Outras temáticas sagitarianas devem vir à tona, como as relações internacionais e as políticas de imigração. Aliás, já temos visto grandes movimentos nessas áreas, até mesmo antes de Saturno ingressar em definitivo no signo de Sagitário. O grande abalo que o mundo inteiro sentiu, ao ver o drama dos imigrantes sírios, é uma referência da problemática que o Saturno em Sagitário vem nos trazer. Pois agora é a hora de repensar a forma como convivemos com o outro, que vem de fora do nosso país, carregado de sua cultura, hábitos, religiões e idiomas estrangeiros. E que vem agregar novos conteúdos à forma de viver do país de destino.

Quando buscamos sintetizar a lógica deste momento, observamos que várias temáticas diferentes estão sendo colocadas em pauta nas próximas semanas. Mexendo e remexendo com a nossa capacidade de adaptação às mudanças apresentadas. O que exige de nós uma maior flexibilidade em nossa forma de lidar com a realidade.
Um traço em comum, que une os diversos aspectos aqui descritos, é a forte ênfase nos signos mutáveis, que dá a tonalidade dinâmica para o momento. Vemos que a extremidade referente ao signo de Gêmeos está ausente, sinalizando que as características positivas deste signo têm muito a contribuir, na busca das melhores soluções para o que possa estar surgindo agora. Especialmente quando usadas sensatez, como por exemplo a capacidade de ser puramente racional diante de uma situação confusa. Abstraindo o conteúdo emocional que possa distrair os envolvidos de visualizar a solução mais construtiva. Especialmente, diante da energia nebulosa de Netuno-Júpiter, das confusões de Mercúrio retrógrado e dos rigores morais de Saturno em Sagitário, um pouco de racionalidade geminiana pode ser o tempero que faltava nesta sopa.

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