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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

TEMPO DE CHUVA

“O choro é como a chuva: 
às vezes suave, às vezes violenta, 
mas sempre essencial à vida na terra. 
Assim como sem chuva uma terra torna-se abrasada e ressequida, 
sem lágrimas a vida transforma-se num deserto."
Alexander Lowen
A água também está presente em momentos de dor. Aliás, é através dela que percebemos uma manifestação não verbal da alma, da vida. As lágrimas são a resposta mais profunda de uma alma que se sente tocada pela dor [ou pela alegria]. Quando as palavras faltam, vem o choro. Delicado ou violento, nele a emoção transborda. A água transborda.


Na natureza não é diferente. O choro vem em forma de chuva. Sentimos uma necessidade de recolhimento. Esse é o convite que a chuva nos traz. Se enfrentamos um temporal, ficamos encharcados pela emoção da natureza. Imobilizados, fragilizados. É preciso nos recompor. Mas se respeitamos esse momento, descobrimos na introspecção respostas inesperadas. Como um arco-íris depois da chuva. Um presente.
"Depois de uma tempestade,
 o céu recém-lavado é claro 
e o mundo dá a impressão de estar em paz. 
Infelizmente, porém, nos seres humanos 
as tempestades emocionais 
raramente limpam por completo o ar."

Alexander Lowen
[A Espiritualidade do Corpo]

Um comentário:

  1. A chuva
    lá fora
    nos chama
    à chama
    aqui dentro.

    Na chuva
    aqui dentro,
    nos chama
    a chama
    lá fora.

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